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Cabelo curto após os 50: este é o corte a evitar segundo cabeleireiros, pois envelhece mais o rosto.

Mulher num cabeleireiro, com cabelo castanho curto e franja, enquanto um cabeleireiro ajusta seu penteado.

Num salão, numa terça-feira chuvosa, três mulheres na casa dos cinquenta estavam alinhadas em frente ao espelho.

Mesma faixa etária, mesma ideia: “Quero algo fresco, algo curto.” Vinte minutos depois, os reflexos contavam três histórias completamente diferentes. Uma parecia luminosa. A segunda, mais definida e cheia de energia. A terceira parecia, de repente, dez anos mais velha: os traços endurecidos, a mandíbula mais pesada. As mesmas tesouras, resultados diferentes. A cabeleireira suspirou e murmurou: “Este é o corte que eu gostava que as mulheres com mais de 50 deixassem de pedir.”

Ela não estava a falar de cabelo grisalho nem de um pixie arrojado. Referia-se a um corte curto muito específico que tantas revistas continuam a mostrar. Aquele que fica chique numa modelo de 25 anos e estranhamente severo num rosto que viveu, sorriu e se preocupou. O corte que não perdoa. E que, em segredo, envelhece mais do que as rugas.

O corte curto que envelhece o rosto depois dos 50

Pergunte a vários cabeleireiros qual é o pior corte curto depois dos 50 e a maioria descreverá a mesma coisa: um bob rígido, muito curto, a terminar exatamente ao nível da mandíbula, cortado numa linha reta e pesada, muitas vezes com franja espessa e reta. No Pinterest aparece com a etiqueta “French bob”. Na vida real, num rosto mais maduro, comporta-se de forma muito diferente.

Este tipo de corte cria uma moldura dura à volta do rosto. Sem suavidade, sem movimento, sem subtileza. O cabelo para onde a mandíbula começa, desenhando um contorno apertado que aponta diretamente para a parte inferior do rosto. Cada pequena flacidez, cada tensão no pescoço, destaca-se de repente. Numa pessoa de 25 anos com pele lisa como a de um bebé, não há problema. Numa pessoa de 55 que viveu, riu e chorou? O contraste pode ser brutal.

O problema não é “cabelo curto”. É cabelo curto pesado, rombo e rígido. Esse bob em bloco, sem camadas, sem graduação, sem leveza, amplifica cada ângulo do rosto. Quanto mais gráfica a linha, mais duro o efeito. Acrescente uma franja grossa e reta que corta a testa a meio e reduz visualmente a parte superior do rosto. O olhar vai direto para a parte de baixo: papada, sulcos de marioneta, pescoço. É como pôr um marcador fluorescente exatamente naquilo que preferia disfarçar.

Nas cadeiras do salão, os cabeleireiros veem o mesmo cenário repetir-se. Uma mulher chega com cabelo de comprimento médio, muitas vezes sempre apanhado. Diz que quer uma “mudança” e traz uma foto de um bob curto e geométrico numa atriz jovem. “Quero isto, mas mais curto, e bem direitinho.” Faz-se o corte. O cabelo fica brilhante e definido… até que o espelho revela o efeito inverso: a cliente sente-se mais velha, mais rígida, quase com ar de “diretora de escola”.

A Claire, 57 anos, passou por isto no ano passado. Cortou o cabelo pelos ombros para um bob ao nível da mandíbula, com franja pesada, antes de um grande evento de trabalho. “Nas fotos, eu parecia cansada e fechada,” diz. “Os meus colegas disseram-me que eu parecia ‘muito séria’. Percebi mais tarde que queriam dizer ‘mais dura’.” Três meses depois, voltou à cabeleireira a pedir que suavizasse tudo. Mais uns centímetros de comprimento e algumas camadas leves mudaram completamente a leitura do rosto.

Há ainda uma armadilha prática. Estes bobs ultra-limpos e estruturados exigem muita manutenção. Para manter a linha perfeitamente reta e a franja lisa, são necessários secagens frequentes, alisamento, escova, escovagem. E sejamos honestos: ninguém mantém isso todos os dias depois dos 50, com trabalho, pais, filhos, vida. Assim, o corte que parecia afiado no primeiro dia transforma-se, um mês depois, num bloco sem forma, preso entre o demasiado curto e o demasiado comprido. A linha dura fica. A elegância, não.

Do ponto de vista técnico, este “pior corte curto” entra em choque com a evolução natural do rosto. Depois dos 50, a maioria dos rostos perde volume nas maçãs do rosto e nas têmporas, enquanto a parte inferior tende a ganhar peso. Uma linha horizontal e romba ao nível da mandíbula reforça essa descida. Cria uma espécie de “prateleira” visual onde o olhar pára. Sem via de escape.

O cabelo, quando usado com inteligência, pode funcionar como um contorno suave. Camadas, leveza nas pontas, uma graduação subtil redirecionam o olhar para cima e acrescentam movimento. Um bob duro faz o contrário. Estabiliza tudo e “congela” a expressão. Por isso parece envelhecer, mesmo que a cor seja bonita e a textura esteja saudável. A questão é geometria, não idade. O corte luta contra o rosto em vez de trabalhar com ele.

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Como escolher um corte curto que levanta em vez de envelhecer

Passar para cabelo curto depois dos 50 pode ser libertador quando se escolhe a estrutura certa. O truque é manter suavidade e leveza. Os cabeleireiros recomendam muitas vezes ficar ligeiramente abaixo ou ligeiramente acima da mandíbula, nunca a parar exatamente nessa linha. Um “bob suave” que roça as clavículas, ou um corte curto que liberta o pescoço, aligeira toda a parte inferior do rosto.

As camadas são a sua arma secreta. Não camadas agressivas e desfiadas, mas finas, quase invisíveis. Quebram o efeito de bloco pesado, trazem movimento à volta das maçãs do rosto e das têmporas e evitam aquele efeito “capacete”. Até um pixie muito curto pode ser incrivelmente favorecedor se houver textura no topo e contornos mais suaves à volta das orelhas e da nuca. O objetivo: nada que pareça uma moldura rígida à volta do rosto.

Uma forma prática de testar: com o cabelo acabado de arranjar, olhe de perfil ao espelho. Se o corte desenha uma linha reta e horizontal ao nível da mandíbula, a “cortar” a cabeça como uma peça de Lego, é um sinal de alerta. Se houver algum movimento em diagonal, algumas madeixas a cair ligeiramente mais compridas à frente, ou volume no alto da cabeça, o corte provavelmente está a ajudar o seu rosto. Um bom corte curto deve parecer vivo, não desenhado à régua.

Um dos gestos mais gentis que pode fazer pelo seu rosto é largar a ideia de que cabelo curto tem de ser sempre “muito direito e muito chique”. Curto pode ser despenteado, suave, um pouco messy - de forma controlada. Muitas mulheres com mais de 50 ficam radiantes com cortes curtos que mostram o pescoço e as orelhas, mantendo volume no topo e à volta das maçãs do rosto. Esse volume funciona como um lifting, puxando o olhar para cima.

Tenha cuidado com a franja. Pode ser uma aliada incrível para suavizar linhas na testa ou chamar a atenção para os olhos, mas uma franja espessa e reta, caída a direito, pode pesar a expressão. Uma franja tipo cortina, mais longa nas laterais, ou uma franja leve, lateral, costuma ser mais “perdoável”. Quebra a linha da testa sem fechar o rosto. Pense em movimento, não em barreira.

E sim, a cor também conta. Cores muito uniformes e muito escuras podem endurecer os traços, sobretudo com um bob marcado. Algumas madeixas mais claras à volta do rosto, ou uma mistura suave com os brancos, trazem luz e profundidade. Estas nuances fazem até um corte estruturado parecer mais delicado. Sejamos honestos: ninguém faz isto realmente todos os dias - a escova perfeita com escova redonda e spray de brilho. Por isso, escolha uma forma e uma textura que fiquem bem mesmo quando só seca com os dedos.

“Para mulheres com mais de 50, a minha regra de ouro é simples”, diz o estilista Marco H., baseado em Londres e especializado em cabelo maduro. “Nada de cantos duros à volta da mandíbula. O corte deve abraçar o rosto, não encaixotá-lo. Quando vejo um bob perfeitamente horizontal numa mulher com uma linha do maxilar mais suave, oval ou ligeiramente descaída, sei que vai acrescentar anos.”

Todos já tivemos aquele momento em que surge no WhatsApp uma foto de uma festa e mal nos reconhecemos… e o corte de cabelo não ajuda. É geralmente aí que as pessoas correm para mudar tudo de uma vez. Antes de o fazer, tenha esta pequena checklist em mente:

  • Evite bobs rombos ao nível da mandíbula, que terminam numa linha reta e pesada.
  • Peça camadas suaves e movimento à volta das maçãs do rosto e das têmporas.
  • Brinque com o comprimento: ligeiramente abaixo da mandíbula ou a mostrar o pescoço funciona melhor do que “exatamente ao nível da mandíbula”.
  • Prefira franjas leves e arejadas a franjas grossas e retas.
  • Pense na sua rotina: escolha um corte que continue a ficar minimamente bem quando faz o mínimo indispensável.

Cabelo curto depois dos 50: deixar o rosto - e não a moda - guiar

Há uma mudança silenciosa a acontecer em muitos salões. As mulheres com mais de 50 já não entram a pedir um corte “jovem”. Pedem algo que pareça elas próprias, mas um pouco mais leve. O pior corte curto que envelhece muitas vezes nasce da perseguição de uma imagem que pertence a outra pessoa: uma modelo, uma tendência, uma versão de si de há dez anos. Os cortes mais favorecedores surgem quando parte do seu rosto tal como ele é hoje, e não de uma fotografia antiga.

Sentada em frente ao espelho, repare no que acontece quando o cabeleireiro levanta uma secção aqui, encaixa uma madeixa ali. Vai ver: existe uma zona “mágica” em que o olhar fica mais brilhante, a mandíbula parece menos pesada, o pescoço parece mais longo. Esse é o comprimento e a forma a procurar. Nenhuma revista sabe isso melhor do que o reflexo mesmo à sua frente. E nenhum bob “perfeito” no Instagram merece ganhar a esse momento de verdade.

Cabelo curto depois dos 50 não é uma regra, nem uma rendição. Pode ser uma forma de dizer: este é o meu rosto, agora, e não o vou esconder atrás de uma cortina de cabelo nem de um capacete gráfico. Vou emoldurá-lo. Algumas pessoas vão brilhar com um corte curto suavemente escalado à volta das orelhas; outras, com um lob suave a roçar as clavículas. Perante essa liberdade, o famigerado bob rombo ao nível da mandíbula passa a parecer o que é: um uniforme rígido que tenta apagar o tempo em vez de dançar com ele.

Ponto-chave Detalhe Interesse para o leitor
Evitar o “bob duro na mandíbula” Bobs rombos ao nível da mandíbula, com franja espessa, realçam papada e peso na parte inferior do rosto Ajuda a evitar o corte que mais envelhece o rosto depois dos 50
Escolher suavidade e movimento Camadas leves, franjas arejadas e comprimentos ligeiramente mais longos ou mais curtos levantam visualmente os traços Dá ideias concretas para rejuvenescer o visual sem mudanças drásticas
Deixar o rosto guiar o corte Observar ao espelho como diferentes comprimentos afetam olhos, mandíbula e pescoço Dá-lhe ferramentas para conversar e co-criar o penteado certo com o cabeleireiro

FAQ:

  • Qual é o corte curto que tende a envelhecer mais as mulheres com mais de 50? Um bob muito rombo, ao nível da mandíbula, com uma linha reta e pesada, sobretudo combinado com franja espessa, costuma acrescentar anos ao endurecer os traços.
  • Isso quer dizer que as mulheres com mais de 50 devem evitar completamente cabelo curto? Não. Cabelo curto pode ser extremamente favorecedor; o problema são as formas pesadas e rígidas ao nível da mandíbula, não o comprimento em si.
  • Que estilos curtos são, em geral, mais favorecedores depois dos 50? Bobs mais suaves ligeiramente abaixo da mandíbula, pixies com camadas e volume no topo, e cortes que mostram o pescoço mantendo algum comprimento junto às maçãs do rosto tendem a levantar o rosto.
  • A franja é uma má ideia num rosto maduro? A franja pode ser ótima se for leve e um pouco aberta, como franja cortina ou lateral; franjas muito grossas e retas muitas vezes parecem duras e “fechadas”.
  • Como falar com o meu cabeleireiro para evitar o “pior” corte? Explique que não quer uma linha pesada e romba ao nível da mandíbula e peça suavidade, movimento e um comprimento que passe a mandíbula ou a deixe livre, em vez de parar exatamente em cima dela.

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